Fenômeno tem potencial para afetar redes elétricas, sistemas de navegação por satélite e rotas de aviões
O GLOBO COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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WASHINGTON - O campo magnético da Terra está prestes a ser sacudido como uma bola de neve com a maior tempestade solar em cinco anos. Depois de atravessar o espaço em um dia e meio, uma enorme nuvem carregada de partículas deve chegar nesta quinta-feira e afetar as redes de eletricidade, os sistemas de navegação por satélite e os voos das aeronaves, especialmente nas regiões do Hemisfério Norte. Mas a explosão também pode pintar auroras coloridas mais longe dos polos do que o normal.
Os cientistas dizem que a tempestade solar, que começou no início da semana, está crescendo à medida que se afasta do sol, expandindo-se como uma bolha de sabão gigante. Quando ela atacar na manhã desta quinta-feira, as partículas irão se mover em 4 milhões de quilômetros por hora.
- Vai nos bater bem no nariz - disse Joe Kunches, um cientista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, em Boulder, Colorado.
Os astrônomos dizem que o sol tem estado relativamente calmo por algum tempo. E esta tempestade pode parecer mais feroz porque a Terra foi embalada por vários anos de atividade solar fraca.
A tempestade faz parte do ciclo normal do sol de 11 anos. O fenômeno não causa danos às pessoas, mas afeta a tecnologia. E durante o último pico, por volta de 2002, os especialistas descobriram que o sistema de posicionamento global, conhecido como GPS na sigla em inglês, era vulnerável às explosões solares.
- Como a nova tecnologia que floresceu desde então, os cientistas descobriram que alguns novos sistemas também estão em risco - disse Jeffrey Hughes, diretor do Centro Integrado de Modelagem de Clima Espacial da Universidade de Boston.
O sol entrou em erupção na noite de terça feira e os efeitos mais notáveis deveriam alcançar a Terra nesta quinta-feira entra 3h e 7h (no horário de Brasília), segundo as previsões do Centro Espacial de Meteorológica. Os efeitos podem persistir até a manhã de sexta-feira.
- Este é um evento de bom tamanho, mas não do tipo extremo - disse Bill Murtah, coordenador do programa do Centro de Previsão de Clima Espacial.
Rob Steenburgh, meteorologista do Centro de Previsão de Clima Espacial, disse que até às 23h30m de quarta-feira não houve efeitos visíveis da tempestade solar na Terra. Mas ele observou que havia alguns indícios de um satélite, que registrou um ligeiro aumento em partículas de baixa energia.
Outras tempestades magnéticas foram observadas nas últimas décadas. Uma explosão solar enorme, em 1972, paralisou as linhas telefônicas do Estado americano de Illinois.
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