Substância presente
no chocolate age como protetor cardiovascular e contribui para transformar o colesterol
ruim em benefício para a saúde do coração. O período que antecede a comemoração
da Páscoa evidencia ainda mais a guloseima favorita de muitas pessoas: o
chocolate. Aliado a sensações de prazer e bem estar, rico em carboidratos e
excelente fonte de energia, o chocolate também beneficia a saúde do coração
pois contém o flavonóide, uma substância presente na semente do cacau que age
como protetor cardiovascular. Quando absorvida, a substância funciona como um
filtro sangüíneo que ajuda na redução da formação de placas de gordura e
transforma o colesterol ruim em substâncias benéficas para o bom funcionamento
do coração.
Um relatório apresentado pela Associação de Cardiologia dos
Estados Unidos, afirma que o chocolate ajuda a reduzir os riscos de ataque
cardíaco e diminuiu a tendência de coagulação das plaquetas e de obstrução dos
vasos capilares. "Embora sejam comprovados os benefícios do chocolate para
as doenças cardiovasculares, é importante ressaltar que o consumo deve ser em
pequenas quantidades, uma vez que o chocolate contém gordura saturada, açúcar e
cacau que, em excesso, podem trazer efeitos nocivos à saúde", afirma
Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração.
A base para a fabricação do produto é o licor de chocolate
(de 15% a 35% da composição), feito a partir da manteiga de cacau (óleo de
theobroma) e do açúcar. Como a gordura da manteiga de cacau é vegetal e contém antioxidantes,
ela auxilia no combate aos radicais livres, responsáveis pelo entupimento das
artérias. Além disso, é rica em ácidos graxos saturados e insaturados que
servem para diminuir os valores de colesterol e triglicerídeos e aumentar o
HDL, o bom colesterol. Para as mulheres o chocolate ainda ajuda na redução dos
sintomas da síndrome de tensão pré-menstrual.
O chocolate e o cacau em pó também contêm minerais como
cromo, ferro, magnésio, sódio, fósforo e potássio, e também vitaminas A, B, C e
D. A semente original apresenta quantidade significativa de vitaminas E e B,
mas com a adição dos outros ingredientes, estas vitaminas encontram-se em
baixas quantidades no chocolate. E nesta época do ano, é possível observar uma
ampla variedade de chocolates, que para alcançarem estas fórmulas requerem
adição extra de manteiga de cacau. Com ela é possível moldá-los de acordo com
as necessidades culinárias e por isso é importante ter atenção com a quantidade
consumida.
Mitos e verdades:
- Mito: Para os diabéticos: os valores de
glicose ingeridos no chocolate não são diferentes daqueles alcançados quando a
glicose é ingerida por meio de outros alimentos.
- Verdade: Por ser
vegetal, a gordura da manteiga de cacau não contém colesterol e o porcentual de
gordura saturada e insaturada em sua constituição está dentro das recomendações
estabelecidas pela Associação Americana de Cardiologia (AHA).
- Mito: O
chocolate, desde que ingerido em quantidades moderadas, não representa nada
diferente de ingerir outros carboidratos necessários ao organismo.
- Verdade: O
chocolate libera endorfinas, podendo estimular o apetite sexual e causar
sensações de bem-estar.
- Mito: O consumo
de chocolate, ao contrário do que comumente se diz, não causa dependência do
organismo. Na verdade, o estudo mostrou que as pessoas têm desejo por chocolate
porque gostam da sensação de comê-lo.
- Verdade: O chocolate
contém estimulantes alcalóides, como a cafeína e a teobromina, gerando um
efeito energético que incide sobre a concentração e a capacidade física de quem
o consome em quantidades moderadas.
- Mito: Não há
embasamento científico na idéia de que a mistura de chocolate com determinados
medicamentos provoca efeitos colaterais.
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