Sou eu o culpado de tudo. Fui eu que plantei todo mal que resgato. Ninguém tem culpa do meu desequilíbrio. Fui eu que me acostumei a ser fraco, sou eu que me acomodei com a fraqueza e esqueci que sou forte. Sou eu que colho ódio, a mágoa, o rancor, o ciúme e planto, assim, mais desarmonia. Sou eu que insisto em me deixar levar pela desarmonia. Sou eu que insisto em permitir o caos e a revolta com a pessoa que convive comigo. Sou eu que insisto em ver somente falhas. Sou eu que insisto em transferir toda minha culpa para quem já tem suas próprias culpas para expiar.
Sou eu que não sei compreender. Sou eu que não sei enxergar. Sou eu que não sei ensinar. Sou eu que não sei me corrigir. Sou eu que não sei aceitar. Sou eu que só sei transferir a revolta que tenho do meu ser para a pessoa que convive comigo. Sou eu quem não ajuda. Sou eu quem não entende. Sou eu que só sei culpar. Eu sou o culpado de tudo. Se eu não fosse o culpado, não sofria. Sou eu um ser imperfeito. Sou eu que só enxergo imperfeições.
Não me compete ver a imperfeição da pessoa que convive comigo. Se não sei compreender e se não sei enxergar e se não sei ensinar, quem sou eu para cobrar e apontar? Eu só tenho que ver que eu sou culpado na minha parte nessa desarmonia.
A outra parte compete a quem vive comigo. Somente se eu me equilibrar, é que eu tenho condição de demonstrar com atitudes e, não, com acusações.
Eu vivo neste mundo, porque boa coisa não fui. Eu sofro, porque boa coisa não sou. Eu quero ser bom. Eu quero ser equilibrado. E não é ninguém que impede isto, sou eu o empecilho de tudo. Eu quero ser o meu melhor amigo, e não tenho que cobrar nada de ninguém. Eu tenho somente que mudar a mim mesmo e a mais ninguém. Não posso jamais me deixar levar pela soberbia e pela petulância de querer me intrometer no foro íntimo de quem já tem um tribunal para reajustar.
Eu peço perdão pelo meu desequilíbrio. Eu peço perdão, porque me revoltei mais uma vez, porque não voltarei a me revoltar com as injustiças que passo, porque não existe injustiça, para quem já passou a se conhecer. Se eu não me conhecesse, está bem, que eu continuasse agindo como inconsciente. E eu preciso aprender a conviver com os inconscientes.
Perdão eu peço e perdão eu quero. Eu sei que só receberei, se demonstrar que compreendi que ninguém é culpado do sofrimento de ninguém. E enquanto eu achar um BODE EXPIATÓRIO para o meu sofrimento, mais sofrimento eu colherei.
Por isso, evoco e peço a quem pode, que se lembre de mim, porque entendo que sem ajuda nada sou. Quero vibrar harmonia, união, simplicidade e serenidade.
Eu agradeço e agradeço essa lapidação que me faz pagar o que não lembro, mas devo.
Salve os Deuses, Guias e Protetores, que guardam e guiam a minha cabeça.
Salve a direita e salve a esquerda minha e de quem convive comigo.
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Texto de autoria do RACIONAL SUPERIOR,
dos Livros UNIVERSO EM DESENCANTO.
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