quarta-feira, 15 de abril de 2009

Surfistas, atletas, roqueiros: há igreja para qualquer tribo



Por Cesar Carvalho (Jornal Mais)

Atletas, surfistas, homossexuais, tatuados, lutadores, gente que se diferencia pelo visual, fãs de hip hop ou de heavy metal: há igrejas para todas as tribos no Brasil. Na segunda da série de reportagens do SBT sobre a fé, o jornalista Sérgio Utsch mostra uma igreja evangélica para lutadores de jiu-jitsu e outras que apostam em filões de público, como surfistas, roqueiros ou atletas. Pelo visto, parece que a coisa não vai parar por aí, pois qualquer um pode criar a sua igreja e angariar adeptos. Na Inglaterra existe até a igreja do demônio. Daqui a pouco, vai haver mais igrejas do que seguidores.
Desde que eu era adolescente e até hoje costumo dizer que a "religião" da pessoa é onde ela está mais ligada, fanatizada, e seu "deus", é aquilo que ela mais reverencia.
Se a pessoa gosta de futebol e torce fanaticamente por determinado clube, sua religião é o futebol e seu "deus" é o seu clube de coração. Agora, se a pessoa gosta muito de música e é fã incondicional de determinado artista, sua "religião" é a música e seu "deus" é seu artista favorito. E por aí vai.
Agora, vemos essas preferências ditas "mundanas" se transformarem em "religiões", ou seja, banalizaram a religião.
Aliás, a palavra "religião" significa "ligação" ou "religação". A pessoa venera aquilo a que ela está "ligada". Se temos um bando de "fanáticos" venerando a mesma coisa, pronto, está criada uma nova religião!

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