A Lua está "murchando", diz especialista da Nasa, o que comprova afirmações do livro UNIVERSO EM DESENCANTO

Paloma Oliveto (do CORREIO BRAZILIENSE) - A Lua está encolhendo. Fotografias tiradas pela sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), enviada pela Agência Espacial Americana (Nasa) ao satélite para investigar sua órbita, revelou que, em um passado recente — pelo menos em termos astronômicos —, a circunferência da superfície lunar contraiu cerca de 100m. A descoberta foi relatada pelo cientista Thomas Watters em um artigo publicado pela revista especializada Science.

As fotos revelaram 14 novas escarpas lobulares — pequenas formações que, até agora, acreditava-se terem sido originadas por falhas tectônicas — na superfície lunar. Elas são as mais jovens formações do satélite e, de acordo com Watters, provavelmente estão presentes em toda a Lua. A análise das imagens sugere que as escarpas se formaram durante um período de contração, há menos de um bilhão de anos (em termos de comparação, a Terra tem mais de 4 bilhões de anos), quando a Lua congelou e encolheu seu tamanho.

Antes das imagens tiradas pela LRO, as escarpas haviam sido identificadas pelas câmeras das missões Apollo 15, 16 e 17, que só conseguiram registrar 20% da superfície do satélite natural. Por causa da limitação, acreditava-se que as escarpas estavam restritas à região do equador lunar. Segundo o artigo de Watters, porém, elas estão presentes em toda a Lua. “Apesar de muitas escarpas lobulares serem encontradas nas montanhas, vimos que elas estão em toda parte. Antes, acreditava-se que estavam apenas na porção equatorial por causa das fotos feitas pelas câmeras panorâmicas da Apollo”, disse Watters ao Correio.

O chefe da missão LRO, Mark Robinson, está entusiasmado com a capacidade da sonda em capturar imagens que revelam aspectos ainda desconhecidos da Lua. “As imagens em ultrarresolução estão mudando nossa visão sobre a Lua”, disse Robinson, que também é professor da Universidade do Arizona e coautor da pesquisa, por meio da assessoria de imprensa da Nasa. “Não apenas detectamos escarpas ainda desconhecidas, mas estamos conseguindo ver muito mais detalhes dessas formações do que conseguíamos com base apenas nas fotos tiradas pelas missões Apollo.”

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The Moon is "fading", says NASA expert, confirming statements from the book UNIVERSE IN DISENCHANTMENT

Paloma Oliveto

The moon is shrinking. Photographs taken by the probe LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) sent by American Space Agency (NASA) to investigate the satellite orbit, revealed that in the recent past - at least in astronomical terms - the circumference of the lunar surface contracted 100m . The discovery was reported by scientist Thomas Watters in an article published in the journal Science.

The photographs revealed 14 new slopes lobules - small features that until now was believed to have been caused by tectonic faults - on the lunar surface. They are the youngest formations of the satellite and, according to Watters, probably are present throughout the Moon Image analysis suggests that the scarps were formed during a period of contraction, less than a billion years (in terms of comparison, Earth has more than 4 billion years), when the moon froze and shrunk its size.

Before the images taken by the LRO, the slopes had been identified by the cameras of Apollo 15, 16 and 17, which only managed to register 20% of the area's natural satellite.Because of the limitation, it was believed that the slopes were restricted to the region of the lunar equator. According to the article by Watters, but they are present throughout the Moon "Although many lobate scarps are found in the mountains, we saw that they are everywhere. Before, it was believed that they were just in the equatorial portion because of the pictures taken by the panoramic cameras of Apollo, "Watters told the Mail.

The head of the LRO mission, Mark Robinson, is excited about the ability of the probe to capture images that reveal hitherto unknown aspects of the Moon "The images in ultrarresolução are changing our view of the moon," said Robinson, who is also professor at the University Arizona and co-author of the research through the press office at NASA."Not only detect scarps still unknown, but we get to see much more detail than we could of these configurations based only on pictures taken by the Apollo missions."

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