SÃO PAULO (SP) - Quem entrou no site da Fnac na madrugada do dia 20 encontrou uma série de produtos - que costumam ser bastante caros - sendo vendidos pela bagatela de R$ 9,90. Entre os anúncios, havia eletrônicos de todos os tipos, como TVs de plasma, notebooks, celulares e até mesmo PlayStation 3. Com o preço do frete para São Paulo, uma TV de LCD de 46 polegadas chegou a ser vendida por R$ 32.
A notícia se espalhou rapidamente pela internet através do Twitter. O site da Fnac logo saiu do ar. Quando voltou, apresentava o seguinte comunicado: "Na madrugada do dia 20 de maio de 2009, em virtude de erro no sistema da Fnac Brasil Ltda, houve a indevida divulgação de determinados produtos em nosso website por preços extremamente baixos, chegando em alguns casos a representar menos de 1% (um por cento) do real valor de mercado do produto. Comunicamos, desta forma, aos nossos consumidores que não se trata de oferta ou qualquer espécie de promoção."
Os compradores também receberam e-mail com o cancelamento das compras, informando que os baixos preços foram um "equívoco nos softwares que gerenciam o website". A empresa afirma que os valores já pagos pelos clientes serão reembolsados. O caso gerou polêmica no site de microblog Twitter. Os internautas criaram uma palavra-chave, a #fnac, para se referir ao ocorrido.
Porém, segundo o Procon, estava claro que se tratava de um erro no site, ficando a Fnac livre de penalidades. O assessor-geral do Procon, Carlos Coscarelli, explica que, no caso do equívoco no preço anunciado no site da Fnac, estava claro que havia ocorrido um erro, por conta da tamanha discrepância entre o valor real dos produtos e o publicado no site. Para Coscarelli, a postura da Fnac está correta: enviar comunicados sobre o erro e efetuar ressarcimento dos valores pagos. "O Procon tem o princípio da boa-fé e o equilíbrio na relação entre fornecedor e consumidor, que sempre fica em desvantagem." Porém, cabe ao consumidor ter discernimento. "Quando se fala em uma promoção de R$ 9,90, podemos imaginar produtos que custem até uns R$ 50. Passando disso, é preciso avaliar a possibilidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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