"Se você não entende ou ainda não entendeu, procure entender..."
"Não acredite na primeira versão ou opinião que ouve, mas procure ouvir outras opiniões e versões, para depois tirar suas próprias conclusões..."
"Um jornalista de verdade deve sempre ouvir os dois lados da questão..."
Veja aqui o que Ana Luiza Tapia (foto), médica brasileira com atuação num hospital militar de Israel, disse sobre o ataque sofrido por soldados israelenses, quando se preparavam para inspecionar o carregamento de alimentos a borda de um navio de bandeira turca, de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 31 de maio passado:
Ana Luiza Tapia (foto) é médica das Forças de Defesa de Israel e filha de um jornalista e curador de museu. É, também, neta de sobreviventes do Holocausto.
Formada em Medicina no Brasil, Ana Luiza fez especialização
Em janeiro de 2008, aos 26 anos, abriu mão das comodidades de profissional já bem sucedida no Brasil, doou suas economias para os pais e partiu para Israel.
Segundo a própria Ana, “ao chegar a Israel não sabia uma palavra sequer em hebraico, mas sabia que queria fazer de Israel o seu lar.”
Sem amigos nem família em Israel, Ana começou a estudar Hebraico na Ulpan Etzion, do Centro de Absorção da Agência Judaica em Jerusalém.
Lá, juntamente com jovens profissionais de todo o mundo, Ana começou a aprender a língua local quando, subitamente, aconteceu algo que teria uma impactante influência na sua via: Ela desenvolveu uma insuficiência renal grave.
Levada para um hospital, e sem dominar o hebraico, Ana recebeu a solidariedade e apoio dos professores e alunos da Ulpan onde estudava. Esta experiência marcou profundamente a jovem imigrante que registrou mais tarde: “Acho incrível como a nação e o povo de Israel são acolhedores e solidários! Quando as pessoas vêem que você está sozinha, eles ajudam mesmo”.
Depois de restabelecida, e de uma rápida passagem como funcionária na filial israelense da gigante farmacêutica Abbott, Ana foi admitida no quadro de Médicos das Forças de Defesa de Israel.
Naquela oportunidade, Ana comentou: “Minha profissão é ajudar pessoas. E este é o momento de poder retribuir o que este país já fez por mim”. E completou: “Se nós, judeus, não nos ajudarmos mutuamente, quem o fará?”.
CHAMADA PARA O FRONT
Na segunda-feira, dia 31 de maio de
O relato desta brasileira só vem corroborar as opiniões mais sensatas do mundo em relação a este malfadado episódio. Lendo as palavras de Ana Luiza, percebemos o quão desinformadas são as pessoas que, sem saberem o que de fato aconteceu, tiram conclusões erradas. Conclusões estas normalmente contrárias a Israel
UM RELATO HISTÓRICO
Shalom, meus amigos. Primeiro quero agradecer a todos os e-mails preocupados. Eu estou bem, ótima. Peço desculpas por não escrever freqüentemente, mas no exército é assim. Não temos tempo para nada.
Sei que todos já estão cansados de ouvir falar do que aconteceu em Gaza, mas como ouvi muitas asneiras por aí, resolvi contar a vocês a minha versão da história.
Eu não quero que pensem que virei alguma ativista ou algo do gênero. Eu continuo a mesma Ana de sempre. Mas por ter feito parte desse episódio, não posso me abster de falar a verdade dos fatos.
Eu estava lá! Ninguém me contou, não li no jornal, não vi fotos na Internet ou vídeos no Youtube. Vi tudo como foi mesmo, ao vivo e em muitas cores.
Estou servindo como médica na Medicina de Emergência do Exército de Israel, especificamente no Departamento de Traumas, o que significa Medicina em Campo.
04h30 da manhã de segunda-feira, 31 de maio, meu telefone do exército começa a tocar. Possíveis conflitos em Gaza? [Tratava-se de] pedido de ajuda da Força Médica, para garantir que não faltariam médicos. As ordens para mim eram: Aprontar-me rapidamente e pegar suprimentos. O helicóptero viria me buscar na base.
No caminho, me explicam a situação: Havia um navio da ONU (sic) tentando furar a barreira
1. O navio se aproximou da costa a caminho de Gaza. O acordo entre Israel e a ONU é que TODOS os barcos devem ser inspecionados no porto de Ashdod, em Israel, e todos os suprimentos devem ser transportados pelo NOSSO exército até Gaza.
Isso porque ainda hoje, em torno de 14 mísseis são lançados por dia de Gaza contra Israel. E não podemos permitir que mais armamento e material para construção de bombas sejam enviados ao Hamas, grupo terrorista que controla Gaza. Dessa forma, evitamos uma nova guerra. Ao menos por enquanto.
2. O navio se recusou a parar. Disseram que eles mesmos entregariam a carga a Gaza.
3. Assim, diante de um navio com 95% de civis (os outros 5% são ativistas de grupos terroristas aliados ao Hamas, que tramaram toda essa confusão), Israel decidiu oferecer [uma alternativa] aos comandantes do navio: Que a inspeção fosse feita em alto mar. Mandaríamos soldados para inspecionar o navio e, se não tivesse armamento, eles poderiam seguir rumo a Gaza.
Essa foi uma atitude extremamente pacifista do nosso Exército, em respeito aos civis que estavam no navio. E, se não havia armamento, que problema teria se ele fosse inspecionado?
4. Os comandantes do navio concordaram com a inspeção.
05h00 da manhã. Chego a Gaza, exatamente no momento em que os soldados estavam entrando nos barcos. Eles foram então GRATUITAMENTE ATACADOS: tiveram suas armas roubadas, foram espancados e esfaqueados.
Mais soldados foram enviados, desta vez para controlar o conflito. Das cerca de 50 pessoas que se envolveram no conflito, nove morreram. Morreram aqueles que tentaram matar nossos soldados, aqueles que não eram civis pacifistas da ONU, mas sim militantes terroristas que comandavam o grupo.
Os demais feridos, 22 pessoas entre passageiros e tripulantes, foram ATENDIDOS E RESGATADOS POR NÓS. EU E MINHA EQUIPE. A seguir, todos foram enviados para os melhores hospitais em Israel.
Entre nós, os israelenses, havia nove feridos por tiros, facadas e espancamento. Um dos nossos ainda se encontra em estado gravíssimo, com concussão e 6 tiros no tronco.
Eram meninos entre 18 e 22 anos, que tinham ordem para INSPECIONAR um navio SEM AGREDIR NINGUÉM! E [eles] não o fizeram. Israel não disparou nem o primeiro e nem o segundo tiro.
Fomos punidos por confiar num suposto pacifismo da ONU. Se soubéssemos das intenções do grupo, jamais teríamos enviados nossos jovens, praticamente desarmados, para dentro daquele navio. Eles teriam sido atacados em pleno mar e agora todos os que levantam a voz contra Israel estariam lá, no fundo mar.
5. Depois de atender aos nossos soldados, me juntei a outra parte da equipe que já cuidava dos passageiros e tripulantes do navio. E mesmo portando braceletes onde a palavra MÉDICO estava escrita em quatro idiomas diferentes (inglês, turco, árabe e hebraico), com estetoscópios no pescoço, também a nós eles tentaram agredir! Um deles cuspiu no nosso cirurgião enquanto outro deu um soco na enfermeira que tentava medicá-lo. ALÉM DE AGRESSORES, ELES SÃO TAMBÉM INGRATOS.
6. Trabalhei por mais de seis horas seguidas atendendo somente passageiros e tripulantes do navio. Todo o suprimento médico e de ajuda foram fornecidos por Israel.
7. Depois do final da confusão o navio foi finalmente inspecionado. E foi constatado que estava LOTADO DE ARMAS BRANCAS E MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE BOMBAS CASEIRAS. Onde está o pacifismo da ONU?
8. Na terça-feira, fui visitar os nossos soldados E TAMBÉM OS FERIDOS DO NAVIO. Essa é a política que Israel tenta manter: Nós não matamos civis como fazem os terroristas árabes. Nós não nos recusamos a enviar ajuda a Gaza. Nós não queremos mais guerra. MAS, JAMAIS VAMOS PERMITIR QUE MATEM OS NOSSOS SOLDADOS.
Só alguns milionários idiotas que acham lindo ser voluntários da ONU ainda não entenderam que guerra não é lugar para civis se meterem.
Havia um bebê no barco (que saiu ileso, obviamente): Alguém pode explicar por que uma mãe coloca um bebê em um navio a caminho de uma zona de guerra? Onde eles querem chegar com isso?
ELES NÃO ENTENDEM QUE FORAM USADOS COMO FERRAMENTA CONTRA ISRAEL, E QUE A INTENÇÃO NUNCA FOI ENVIAR AJUDA A GAZA, MAS SIM DE GERAR POLÊMICA E CRIAR AINDA MAIS OPOSIÇÃO INTERNACIONAL CONTRA ISRAEL.
Estas pessoas continuam sem entender que ao dar forças ao Terrorismo do Hamas, do Hezbollah ou do Irã só significa mais perigo. E não perigo apenas para Israel, mas para o Mundo todo.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa entender que desta guerra ele não entende nada. E QUE O BRASIL JÁ TEM PROBLEMAS DEMAIS PARA SEREM RESOLVIDOS.
Saibam que tem mais gente passando fome no Brasil do que
[O Presidente Lula] deveria cuidar mais dos problemas daí. Dos daqui cuidamos nós.
Eu sempre me orgulho de ser também brasileira. Mas nesta semana chorei. Chorei de raiva. De raiva por ver que, especialmente no Brasil muito mais do que em qualquer outro lugar, as notícias [chegam de forma] absolutamente distorcidas. E isso é lamentável.
Não me entendam mal. Eu não acho que todos os árabes são terroristas. MAS SEI QUE QUEM OS CONTROLA É. E que esta guerra não é só contra Israel. [Saibam que] o Islamismo prega o EXTERMÍNIO de TODO o mundo não árabe. Nós somos apenas os primeiros da sua lista negra.
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Um beijo a todos, shalom, Ana.
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