sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Polícia Militar escolta carros de entrega de cigarros para prevenir os constantes assaltos

                Uma viatura da Polícia Militar foi flagrada recentemente pela nossa reportagem quando escoltava um veículo que fazia entrega de cigarros na região serrana fluminense. Dois policiais fortemente amados com revólveres e metralhadoras seguiam de perto o veículo da empresa Souza Cruz quando este trafegava por rodovias da região. No momento em que a van da fabricante de cigarros entrava no perímetro urbano das cidades e parava para realizar entregas de mercadorias, os policiais também estacionavam nas proximidades e ficavam observando de longe, de arma em punho e prontos para agir.
                Segundo foi apurado pelo Portal Fri+Bonja, a operação visa proteger motoristas e entregadores contra os constantes assaltos que têm sido verificados nos veículos da empresa, pois a carga de cigarro é uma das mais visadas por bandidos que atuam na região, colocando em risco e às vezes chegando até a causar a morte dos ocupantes desses veículos.
Mas analistas de segurança não veem com bons olhos a atuação da polícia para proteger exclusivamente as entregas de cigarros, enquanto há outras cargas mais importantes e igualmente valiosas, sendo transportadas sem qualquer suporte da PM ou da Polícia Rodoviária. Segundo informaram os analistas, a Polícia Militar existe para proteger a vida dos cidadãos e garantir a ordem pública contra a ação de meliantes, sendo esta sua função primordial.

Neste caso a segurança de veículos transportadores de mercadorias deveria ser feita por empresas de segurança com escoltas particulares, como já é feito por muitas transportadoras no restante do país. A verificação de escoltas militares atuando nesta área não estaria, portanto, de acordo com sua finalidade primordial, se caracterizando como um desvio de função. A Polícia Militar tem por norma realizar o policiamento ostensivo em áreas urbanas e estradas vicinais das cidades, assim como a Polícia Rodoviária Estadual tem atuação restrita às rodovias que cortam a região.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Procon-RJ autua e entra com ação na justiça contra Flamengo

Pelo não comparecimento de representantes do Flamengo na audiência marcada para esta quarta-feira, 13 de novembro, para tratar da questão dos ingressos para a final da Copa do Brasil, a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon) entrou com Ação Civil Pública, na 1ª Vara Empresarial, proibindo o aumento abusivo cobrado pelo clube e estabelecendo  a majoração das entradas em, no máximo, 30% do valor praticado habitualmente. Além disso, uma equipe do Procon-RJ foi à sede do Flamengo (foto), para ter acesso aos documentos que deveriam ser apresentados na audiência marcada. Como o clube se negou a entregá-los, o diretor jurídico do Flamengo, Bernado Accioly, acabou sendo encaminhado à Delegacia do Consumidor (Decon), onde foi feita representação por crime de desobediência, prevista pelo artigo 330 do Código Penal, com o dirigente podendo responder a processo criminal . O clube também foi autuado e será multado pelo Procon-RJ.
 A Ação Civil Pública também determina o bloqueio da renda do jogo da final destinada ao Flamengo para garantir o reembolso do dinheiro aos torcedores que estão pagando valor abusivo pelos ingressos. "É um aumento de 400% em relação ao que o clube cobrou na semifinal. É um desrespeito com os torcedores, sem contar que é um ato de má-fé. Antes desse jogo haverá outro lá no Paraná. E se o Atlético Paranaense vencer lá por cinco a zero? O último jogo perde importância", ponderou a secretária de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor, Cidinha Campos. 
O Flamengo antecipou a venda de ingressos do último jogo para todos os sócio-torcedores na noite de terça-feira, com os bilhetes sendo vendidos por preço mais baixo do que o valor da entrada cheia. "Ainda assim, o Flamengo está errado, pois reduziu também o desconto que o sócio-torcedor tem direto; caiu de 50% para 40%. Essa diferença vai ter de ser restituída a quem comprou", disse Cidinha.  
Intimidação
Inicialmente seria o diretor executivo de administração do Flamengo, Marcelo Helman, que seria levado pelos representantes do Procon-RJ à Decon, mas, como o responsável pela posse guarda dos documentos que os fiscais queriam ter acesso era o diretor jurídico, Bernardo Acciolly, ele é quem foi encaminhado para prestar depoimento.  
Além de ser impedida de ter acesso aos documentos necessários para verificar o faturamento do clube e assim poder definir de quanto será a multa, a equipe do Procon-RJ sofreu intimidação por parte dos seguranças do clube, que estavam impedindo a condução do dirigente rubro-negro à Decon. Diante disso, a equipe de fiscais chamou a Polícia Militar para escoltá-lo até a delegacia. 
Parte da equipe permaneceu no clube fiscalizando diversos estabelecimentos comerciais no interior da sede, tais como bar, restaurante, academia, loja de material esportivo, entre outras. Foi a Operação Urubu, que encontrou três litros de chopp vencidos no Restaurante O Mais Querido do Brasil, além de 800g de frango desfiado, 360g de mostarda e dois sanduíches naturais que passaram do prazo de validade.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fraudadores usam “dedos de silicone” para burlar Identificação biométrica

Artifício, que já vem sendo utilizado para marcar ponto em repartições públicas que adotam o sistema, poderia também ser usado para fraudar urnas eletrônicas nas eleições de 2014.

                A identificação biométrica, através de utilização de um leitor ótico de impressões digitais, que começa a ser empregada em diversos setores de acesso a bens, produtos, serviços, inclusive como forma de identificar pessoas, em substituição a documentos comprobatórios de identidade, crachás, etc., já está sendo fraudada no Brasil e em outros países. Os fraudadores se utilizam de artifícios criativos para burlar os sistemas de identificação, como os chamados “dedos falsos de silicone”.
Recentemente, uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Ferraz de Vasconcellos, município da região metropolitana de São Paulo, foi detida portando seis dedos de silicone (foto ao lado), com os quais marcava ponto para colegas que estariam de plantão, fraudando assim o sistema adotado pela prefeitura local. Cada dedo custa em média R$ 50,00, sendo produzido com resina de silicone. Para isso, a pessoa introduz seu próprio dedo num recipiente, onde é feito um molde para a fabricação do dedo falso, inclusive com impressões digitais idênticas, uma cópia fiel do dedo original.

A grande preocupação das autoridades é que os tais “dedos” poderiam também ser usados para fraudar urnas eletrônicas nas eleições de 2014. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem paulatinamente introduzindo o sistema biométrico para identificar eleitores. Em vários municípios e capitais brasileiras será possível votar em 2014, apenas colocando o dedo no leitor ótico acoplado à urna eletrônica, sem necessidade de apresentar título eleitoral ou documento de identidade. O processo, porém, poderia ser burlado com “dedos de silicone”, permitindo pessoas votarem no lugar dos eleitores verdadeiros.