Artifício,
que já vem sendo utilizado para marcar ponto em repartições públicas que adotam
o sistema, poderia também ser usado para fraudar urnas eletrônicas nas eleições
de 2014.
A identificação
biométrica, através de utilização de um leitor ótico de impressões digitais,
que começa a ser empregada em diversos setores de acesso a bens, produtos,
serviços, inclusive como forma de identificar pessoas, em substituição a
documentos comprobatórios de identidade, crachás, etc., já está sendo fraudada
no Brasil e em outros países. Os fraudadores se utilizam de artifícios criativos
para burlar os sistemas de identificação, como os chamados “dedos falsos de
silicone”.
Recentemente, uma médica do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Ferraz de Vasconcellos, município
da região metropolitana de São Paulo, foi detida portando seis dedos de
silicone (foto ao lado), com os quais marcava ponto para colegas que estariam de plantão, fraudando
assim o sistema adotado pela prefeitura local. Cada dedo custa em média R$
50,00, sendo produzido com resina de silicone. Para isso, a pessoa introduz seu
próprio dedo num recipiente, onde é feito um molde para a fabricação do dedo
falso, inclusive com impressões digitais idênticas, uma cópia fiel do dedo
original.
A grande preocupação das
autoridades é que os tais “dedos” poderiam também ser usados para fraudar urnas
eletrônicas nas eleições de 2014. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem
paulatinamente introduzindo o sistema biométrico para identificar eleitores. Em
vários municípios e capitais brasileiras será possível votar em 2014, apenas colocando
o dedo no leitor ótico acoplado à urna eletrônica, sem necessidade de
apresentar título eleitoral ou documento de identidade. O processo, porém, poderia
ser burlado com “dedos de silicone”, permitindo pessoas votarem no lugar dos
eleitores verdadeiros.
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