sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fraudadores usam “dedos de silicone” para burlar Identificação biométrica

Artifício, que já vem sendo utilizado para marcar ponto em repartições públicas que adotam o sistema, poderia também ser usado para fraudar urnas eletrônicas nas eleições de 2014.

                A identificação biométrica, através de utilização de um leitor ótico de impressões digitais, que começa a ser empregada em diversos setores de acesso a bens, produtos, serviços, inclusive como forma de identificar pessoas, em substituição a documentos comprobatórios de identidade, crachás, etc., já está sendo fraudada no Brasil e em outros países. Os fraudadores se utilizam de artifícios criativos para burlar os sistemas de identificação, como os chamados “dedos falsos de silicone”.
Recentemente, uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Ferraz de Vasconcellos, município da região metropolitana de São Paulo, foi detida portando seis dedos de silicone (foto ao lado), com os quais marcava ponto para colegas que estariam de plantão, fraudando assim o sistema adotado pela prefeitura local. Cada dedo custa em média R$ 50,00, sendo produzido com resina de silicone. Para isso, a pessoa introduz seu próprio dedo num recipiente, onde é feito um molde para a fabricação do dedo falso, inclusive com impressões digitais idênticas, uma cópia fiel do dedo original.

A grande preocupação das autoridades é que os tais “dedos” poderiam também ser usados para fraudar urnas eletrônicas nas eleições de 2014. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem paulatinamente introduzindo o sistema biométrico para identificar eleitores. Em vários municípios e capitais brasileiras será possível votar em 2014, apenas colocando o dedo no leitor ótico acoplado à urna eletrônica, sem necessidade de apresentar título eleitoral ou documento de identidade. O processo, porém, poderia ser burlado com “dedos de silicone”, permitindo pessoas votarem no lugar dos eleitores verdadeiros.

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