sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cultura Racional participa das comemorações dos 80 anos do Mercado Central de BH

Cores, sons e aromas inconfundíveis. Espaço de venda feita no gogó com sorriso no rosto. O cliente está em casa e faz dali sua sala de visita. E não para menos. Velho conhecido em Belo Horizonte (MG), o Mercado Central completou no dia 7 de setembro, segunda-feira, 80 anos. Como parte das comemorações, na sexta-feira, dia 4, os Correios lançaram um selo comemorativo da data. “Um postal personalizado é para marcar datas e lugares realmente importantes para o país. Quem nunca tirou a manhã de sábado para comer uma linguiça frita e tomar uma pinguinha aqui?”, brincou o ministro das Comunicações, o mineiro Hélio Costa, que carimbou o primeiro selo com a imagem do centro de compras.
Foram entregues 1,2 mil selos personalizados à administração do mercado para comercialização. O vice-prefeito, Roberto Carvalho, disse que é um frequentador do espaço. “Se BH é o coração de Minas, o mercado é simplesmente a alma dos mineiros. Não tem como deixar de conhecer. Aqui, você encontra todas as representações culturais do estado”, relata. Uma imagem panorâmica do estabelecimento é a marca do selo comemorativo. Nascido em 7 de setembro de 1929, o Mercado Central surgiu com a ideia de centralizar o abastecimento da capital e era administrado pelo município. Em 1964, a prefeitura anunciou que não tinha como mantê-lo e o pôs à venda. Os comerciantes se mobilizaram para comprar o espaço. Sob a liderança de um deles, Raimundo Pereira Lima, o Dico, os feirantes conseguiram recursos e construíram um galpão coberto. Antes, barracas de madeira se enfileiravam no terreno descoberto, cercado de carroças que transportavam os produtos.
Atualmente, são cerca de 400 lojas em 14 mil metros quadrados, visitadas por 30 mil pessoas diariamente. Aos sábados, o espaço chega a receber 56 mil pessoas. “O mercado cresceu e conseguiu algo raro: não perdeu suas raízes”, afirma o vice-prefeito. O queijo da roça é um dos atrativos do mercado para o ministro Hélio Costa. “Sempre encontro amigos e parentes, que estão aqui por simples coincidência”, conta. Mas as comemorações já haviam começado na quinta-feira, com o lançamento do livro Mercado Central de Belo Horizonte – 80 anos, organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas. Além da entrega dos selos ontem, houve desfile da banda da Polícia Militar pelos corredores do centro de compras. Também aconteceram Show musical da Orquestra Minas e Viola (sábado, 5), Missa de ação de graças celebrada pelo arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo (domingo, 8), Parabéns na Praça do Abacaxi, com bolo para 2 mil pessoas, show de fogos e o esperado desfile da Banda Racional Universo em Desencanto de Belo Horizonte (segunda, 7). No dia 21, segunda-feira, às 20h, as comemorações prossegue, com Coquetel e homenagem a autoridades e antigos associados do mercado e de 23 a 26 – Oficinas, cursos, concurso e palestras gastronômicas. Já no dia 27, domingo, será o encerramento do Festival Gastronômico, com degustação dos pratos vencedores e show do 14 BIS.

Nenhum comentário: